
Imagem 1 - David Ho
Ao propor um tema referente a novas aprendizagens pensamos na possibilidade de refletir sobre novas formas de percepção do mundo, novos conceitos, novos horizontes em um universo limitado a sala de aula. O aprisionamento deste saber é o que representa a imagem acima, também representa o aprisionamento do desejo. A escola, a educação, aprisiona saberes, apenas repassam conhecimentos, distanciam o ser de descobrir, experenciar, encontrar, o mundo foge de suas mãos, o peso de conteúdos nos afunda e torna difícil a caminhada.
No Magistério aprendemos o ofício de ser professor, como dar uma aula, didática de matemática, didática de português, didática, didática, o que é isso? Vamos para a sala de aula e a didática não nos acompanha, pelo contrário foge de nós. Fico pensando que didática é essa? O que se espera ao formar professores, tudo o que se aprende é como se fosse um conto de fadas e ao nos depararmos com a realidade encontramos outro mundo e nem parecido com aquele conto que nos passavam com teorias maravilhosas. Entramos em um processo de tentar compor um outro de nós e, não aquele que fomos construindo com a suposta aprendizagem de ser professor. A imagem abaixo representa esse outro que se decompõe de uma figura que criamos. A reconstrução é algo difícil, pois ela ou despersonaliza ou nos torna altamente críticos seduzidos pelo desejo de mudança. O mais complicado em tentar assumir o caminho da mudança é lutar contra imposições, preconceitos e conceitos arraigados. Com certeza a despersonalização é mais cômoda, seguirei dando minhas aulas conforme aprendi sem me permitir seduzir, refletir, transgredir.

Imagem 2 - David Ho